domingo, 1 de maio de 2011

Amam mais a criatura do que o Criador

Muito se tem arrazoado acerca dos motivos reais que estão causando a destruição de nosso planeta. Graças ao efeito estufa nosso planeta está aquecendo lenta e gradualmente. Já não temos as estações bem definidas como tínhamos antes. Aqui no Rio Grande do Sul, nossos invernos, tão famosos pela intensidade e rigor, estão deixando muito a desejar. Cada ano que passa, a estação mais fria ano tem sido alvo cada vez mais frequente de calorões súbitos, ultrapassando os 30 graus.

Catástrofes naturais têm aparecido com mais força e frequência ultimamente, e têm visitado lugares onde jamais tinham sido vistas. O mundo tem vivido muitas tragédias naturais de grande destruição e morte: tsunamis, terremotos, furacões, granizos, enchentes, desmoronamento de encostas, etc.
Por que mencionar todas essas tragédias? Ao procurar na internet a opinião dos estudiosos sobre os motivos que têm levado a natureza à tamanha revolta, a conclusão é quase sempre unânime: trata-se de “adversidades resultantes da desordenada ação do homem sobre o meio ambiente.”

Os ambientalistas têm tido muito trabalho em sua luta em defesa do planeta e seus animais em extinção ou suas árvores centenárias. Eles estão tentando (e até têm conseguido) despertar nas pessoas uma consciência ecológica, o que tem gerado mudança de hábitos em relação ao consumo de energia e combustível, e a forma de descartar o lixo. Enfim, a multidão declara em uníssono que, para que as coisas não fiquem piores, o homem precisa amar a natureza, cuidar dela, respeitá-la. A propósito, um homem pode ir preso se cortar determinadas espécies de árvores ou levar para casa um animal silvestre.






Concordo que precisamos ter este respeito pela natureza. Concordo que tudo o que tem acontecido é também reflexo das ações inconsequentes praticadas por nós mesmos contra o meio ambiente. Mas tem uma coisa que a maioria das pessoas esquece: quem criou a natureza? Será que ela é maior que seu criador? Será que não devemos amar, respeitar e valorizar mais o criador do que a criatura?

De acordo com as escrituras sagradas, assim que Cristo entregou sua vida na cruz, no horto do Getsêmani, houve uma grande tempestade com terremoto em Jerusalém. Aqui nas Américas ocorram terremotos, furacões, maremotos, incêndios, destruindo a maioria das cidades da época por ocasião da crucificação. Era a natureza chorando a morte do seu Redentor. Os elementos se revoltaram devido à tamanha crueldade contra o Filho de Deus.

De igual maneira, os elementos tem demonstrado tamanha revolta ultimamente. O mundo está vivendo em extrema iniquidade. Atos vis, desumanos e todas as espécies de males assolam nosso planeta. O maior erro do homem não é derrubar a mata, emitir poluente ou não selecionar o lixo (embora estas atitudes sejam insensatas), é o desrespeito com as coisas sagradas. É não amar seu semelhante como a si mesmo e não amar a Deus como deveria. Por ser tão indiferente para com seu criador, o homem fica mais propenso a ter atitudes degradantes e imorais. Alguns exemplos comuns: o corpo humano, especialmente o feminino, tem sido tratado mais cada vez mais como um objeto sem valor; a pedofilia é o monstro que rodeia os nossos lares; a desonestidade ou ganho fácil de dinheiro tem sido motivo de orgulho em vez de vergonha; o trabalho ideal é aquele em que se trabalha pouco e ganha muito; as drogas lícitas e ilícitas estão destruindo lares ou tirando a paz das famílias; os jovens são altivos e não respeitam os mais velhos; as crianças estão perdendo precocemente sua pureza; vale mais “ter” do que “ser”. Os valores estão invertidos.

Na segunda epístola do Apóstolo Paulo a Timóteo, isso é exemplificado muito bem: “ Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” (II Timóteo 3:1-5)

Paulo está falando de nossa época. Colocamos nosso coração em tudo o que gera satisfação e prazer. E onde fica Deus nesta história? Sempre em último plano. Geralmente ele é solicitado quando as coisas não vão bem. Quando tudo está bem, para que procurá-lo? Mas esperamos que Ele esteja lá quando as coisas apertarem.

O que vai ser da natureza daqui por diante? Não sou nada otimista em relação a isso! É só ler o que foi profetizado para a nossa época. É inquestionável o que está escrito! O que sei é que cada um de nós pode ter paz, mesmo em meio a uma catástrofe, guerra, tumulto ou desordem social. A paz verdadeira origina-se de um viver digno, de se respeitar as coisas sagradas, de um comprometimento com o criador. Cristo certa vez disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (João 14:27)

Não há outra fonte segura de paz e felicidade que não seja o Senhor. Outras fontes são falhas. Até podem trazer alegria e prazer momentâneo, mas logo se mostrarão ineficazes. É muito difícil confiar na própria força quando as coisas fogem do nosso controle. Especialmente em se tratando da natureza. Os elementos naturais são inteligências e têm um comprometimento com seu Criador. Se o Senhor estiver satisfeito com o que os Seus filhos estão fazendo, os elementos refletirão esta satisfação agindo de acordo com o propósito para o qual foram criados (organizados). Caso contrário rebelar-se-ão e gerarão as catástrofes naturais como as que temos visto e vivido.

Eis algo para refletir: o que temos feito de nossas vidas? Qual a contribuição que temos dado a este planeta? Como temos gasto nosso tempo? Será que o propósito da nossa existência mortal está sendo cumprido? Ou será que não temos tempo suficiente para ponderar sobre isso, afinal estamos tão assoberbados com tanto trabalho ou ocupados com tanta diversão ou distração! Ou, ainda, será que temos sido fanáticos em nossas crenças (falando demais, julgando demais, discriminando demais) e agindo muito pouco? Será que quando tivermos que prestar contas de nossa vida ao nosso Deus, teremos que recuar diante Dele de vergonha por termos sido tão egocêntricos, desleixados, preguiçosos, ou estaremos em paz porque fizemos o bem ao próximo e amamos Deus acima de todas as coisas (Êxodo 20:1-11)?

Tudo estará bem aos que fizerem o bem! E mesmo que a morte venha, estaremos felizes se tivermos dado o nosso melhor! A morte não é o fim! O fim é perdermos um galardão melhor por não termos amado o suficiente aquele que nos amou primeiro.

6 comentários:

  1. Se eu entendi direito, as coisas estão tomando um rumo desastroso hoje, devido a desobediência ao Criador de todas as coisas? Se sim, parabéns! Eu nunca tinha pensando por este ângulo.
    Concordo que esses dias vêm aparecendo muitas coisas que fazem com que muitos homens de bom coração, se entristeça, e continuará a acontecer, como você ressalta, mas convido a você e a todos que estão lendo, a procurar olhar as coisas boas que o mundo proporciona. Contemplar o belo está cada vez mais difícil, contudo é impossível sermos felizes se não buscarmos admirar os gestos nobres e a natureza como éramos crianças. Falo isso porque o meu coração está quase que repleto de tristeza e desesperança para com o futuro do mundo, e não quero viver com todo este sentimento. Como diz o hino, "tudo vai bem". Realmente, se formos olhar, tudo vai bem.

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  2. Então, Pierrô, para cristãos como nós está claro que a tendência é piorar a situação. Isso não quer dizer que não podemos desfrutar da vida. Podemos ser felizes, admirar e usufruir a natureza que foi criada para nós. A verdadeira felicidade vem de dentro pra fora e necessáriamente está ligada à paz interior. Vem de se tomar decisões corretas na vida. O ambiente em volta até pode afetá-la, ou seja, atitudes alheias podem causar-nos tristezas. Mas essas tristezas não podem tirar a nossa paz, se fazemos o nosso possível para vivermos de acordo com o melhor que temos aprendido.

    O mundo trilha um caminho sem volta. A natureza mostra isso constantemente. No entanto, nosso caminho individual deve ser trilhado a despeito de todo o muito exterior. Não devemos parar com nossos projetos porque cremos que a existência mortal desta terra tem seus dias contados! Não! Porque o nosso futuro (na eternidade) dependerá de nossas ações. Devemos viver uma vida digna e preparar um bom futuro para nós e nossas famílias. O que podemos fazer é modificar o nosso mundo imediato, ou seja, nosso lar. Quando uma família tem a mesma fé e os mesmos objetivos, podem unir-se e fazer de seu lar um pedaço do céu. Mas fazer o mesmo num bairro ou numa cidade inteira é bem mais difícil. Isso depende de muito comprometimento. E nem todos estão dispostos a sacrificar. Mas já aconteceu, com a cidade de Enoque, com o povo do Rei Benjamin, etc.

    Cada um fazendo a sua parte pode melhorar alguma coisa, mas uma mudança mundial é impossível, porque muitos simplesmente não se importam.

    Então, temos o dever de fazer a nossa parte e tentar melhorar nossa própria vida e a daqueles que convivem conosco. A paz mundial é algo fora de cogitação, devido ao livre-arbítrio, à indisposição de obedecer as leis divinas e a outros fatores comportamentais. Somente no milênio mesmo.

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  3. Sua resposta daria um outro texto! rs..
    Sim. Suas palavras estão corretas.

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  4. O mundo está cheio de problemas, mas poderia ser diferente. Poderíamos respeitar a natureza, pois ela é criação de Deus. E respeitar a natureza é respeitar Deus.
    Já o ser humano está em um processo de desumanização. Estão fazendo de tudo para desvirtuar o processo de humanização. Quero dizer com isso que querem inverter os valores. A mentira é um das piores características que um ser humano pode adquirir. Daí vem a malícia, o dolo, a astúcia. Depois vem o furto, roubo, latrocínio. Estrupo, pedofilia, traição.
    AS crianças sofrem muito porque além de tirarem dela o direito de ser criança. Vai se tornar um adulto que pode reproduzir o que aconteceu com ela. Ainda bem que muito não segue este caminho e são verdadeiros herois.
    As mulheres também sofrem muito. Se meditarmos sobre os acontecimentos do cotidiano é difícil de acreditar como alguém pode maltratar um mãe. Ser mãe é uma atitude muito bonita. A tecnologia avança muito, mas o ser humano não avança, está regredindo. Ainda bem que tem muita gente que procura a seu modo combater tudo isso. Apesar que as coisas tende a piorar temos que fazer a nossa parte!

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  5. Concordo contigo em partes. O Ser humano, aquele cuja vida não está alicerçada em valores éticos, morais e religiosos (refiro-me a qualquer crença que o faça reconhecer que é parte de algo maior e terá que prestar contas de sua vida em uma época ou outra), tende a apresentar um declínio moral que pode tornar-se irreversível. Quando reconhecemos que estamos sujeitos à leis naturais, sociais e divinas temos a tendência de melhorar nossa conduta, desenvolver atributos que nos levam a voltar-nos mais ao outro e mesmo à criação de Deus.
    Embora parte da humanidade esteja decaindo moralmente, ainda há pessoas com valores elevados que lutam para que o bem prevaleça. Não sei se és cristã (ou cristão), mas se és, saberás que as pessoas estão mais distantes do Senhor e, por isso, acabam perdendo a noção de muitas coisas que são importantes para seu relacionamento com o próximo e com a criação.

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